CÂNCER DE CANAL ANAL

O que é?

Os tumores do canal anal são raros, respondendo por apenas 2% dos tumores que acometem o trato digestivo. É mais frequente em mulheres e apresenta um pico de incidência acima dos 50 anos de idade. Geralmente, apresenta um bom prognóstico.

O principal tipo histológico é o carcinoma de células escamosas (85%), podendo surgir outros tipos como: o adenocarcinoma, doença de Bowen, melanoma, linfomas e carcinomas de pele da margem anal.

Sinais e sintomas

Os principais sinais e sintomas estão relacionados a localização da doença:

  • Sangramento durante as evacuações (mais comum)
  • Dor em região anal
  • Alteração do hábito intestinal
  • Feridas na região anal (úlceras ou nódulos)
  • Prurido (coceira)
  • Secreções locais
  • Incontinência fecal (dificuldade para controlar a saída das fezes)
  • Linfonodomegalias inguinais (ínguas em região das virilhas)

Causas (fatores predisponentes)

  • Infecções HIV (vírus da imunodeficiência humana) e HPV (papiloma vírus humano)
  • Infecções por outras DSTs como gonorréia, herpes , clamídia
  • Prática do sexo anal
  • Múltiplos parceiros sexuais
  • Tabagismo
  • Fístula anal crônica

Prevenção

Hábitos de vida saudáveis, interrupção do tabagismo, uso de preservativo em todas as relações sexuais.

Diagnóstico

O exame clinico, com a realização do toque retal, anuscopia e a proctoscopia permitem a visualização direta das lesões suspeitas que variam desde pequenas nodulações e úlceras até lesões extensas com aspecto de couve flor com drenagem de secreção de odor fétido.

A biópsia (fragmento da lesão) é fundamental para o diagnóstico definitivo. Na maioria das vezes, apresenta-se como doença localizada ao diagnostico sendo incomum metástases para outros órgãos.

Tratamento

Uma vez confirmado o diagnóstico, são realizados outros exames complementares, como ressonância magnética, ultrassonografia, tomografias, para definir a extensão da doença e planejar o melhor tratamento.

Na maioria dos casos, o tratamento é realizado com radioterapia e quimioterapia. A cirurgia (amputação abdominoperineal) é restrita aos casos em que há falha ao tratamento inicial.

Texto: Dr Israel Gonçalves
Revisão: Dr Alexandre Fonseca

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